Este ano, pela primeira vez, mulheres ucranianas empreendedoras a residir em Portugal podem participar no programa promovido pela Embaixada dos EUA, em parceria com a Drive Impact.

“Academy for Women Entrepreneurs” (AWE) abriu candidaturas para a terceira edição do programa, financiado pela Embaixada dos Estados Unidos em Portugal, em parceria com a Drive Impact, com vista a premiar o talento feminino em Portugal no desenvolvimento das suas ideias empreendedoras. Este ano, pela primeira vez, mulheres ucranianas empreendedoras a residir em Portugal podem participar. Candidaturas decorrem até 25 de setembro.

Nas últimas duas edições, este projeto contou com mais de 600 candidaturas, 76 projetos finalistas e 54.000 dólares atribuídos. Esta 3.ª edição coincide com a abertura do programa a cidadãs ucranianas a residir em território nacional.

“Todos nós sabemos o que o povo ucraniano tem passado. O Congresso norte-americano alocou fundos para inclusão de mulheres ucranianas nesta edição. Queremos dar o nosso apoio a estas mulheres e às suas famílias na construção de um novo negócio e de uma nova vida, integrando-as no tecido empresarial português”, refere Marie Blanchard, public affairs officer na Embaixada dos EUA, citada em comunicado.

Em dezembro 2022, Portugal já tinha concedido 32.569 proteções temporárias a cidadãs ucranianas, lembra a organização da AWE.

Presente em mais de 100 países, a iniciativa pretende “transmitir conhecimento e ferramentas imprescindíveis no apoio à criação e crescimento de negócios, com o suporte de diversas mentoras e especialistas na área do empreendedorismo”.

Durante os quatro meses de duração do projeto, as participantes têm a oportunidade de “aperfeiçoar as suas aptidões empreendedoras, promovendo o networking e recebendo sessões de mentoria“. As participantes passam a integrar a rede global Alumni da AWE, com acesso a especialistas e empreendedoras dos EUA e de outros países.

Drive Impact Crl e a Arizona State University’s Thunderbird School of Global Management são as responsáveis pela gestão operacional do programa, bem como pelo apoio e acompanhamento das candidatas.

“Tenho acompanhado a criação e crescimento de negócios verdadeiramente diferenciadores e com um crescimento notável em tão pouco tempo. Ainda durante os quatros meses de programa, 70% das participantes já tinham aumentado o seu volume de negócios e 80% estabeleceram novas parcerias como consequência da AWE”, afirma Catarina Miguel Martins, diretora da Drive Impact Crl, citada em comunicado.

O programa segue os objetivos de Women’s Global Development and Prosperity, enquadrado no compromisso de empoderamento económico das mulheres, e tem como ambição chegar a 50 milhões de mulheres mundialmente até 2025.