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Inovar na indústria, por um Portugal mais competitivo e mais inovador

Face a um futuro que se afirma cada vez mais volátil, quer para o setor industrial como para o ecossistema das startups, torna-se importante trabalhar a montante, sendo imprescindível a interação e o trabalho conjunto de todos os atores: a indústria; o lado político (Governo e Municípios); as instituições académicas (Universidades) e de empreendedores e startups capazes de identificar soluções inovadoras para necessidades existentes no mercado.

Desde a primeira Revolução Industrial que a indústria tem passado por transformações profundas. Alterando prioridades e procedimentos, foram-se introduzindo avanços tecnológicos em áreas como as tecnologias de informação e a engenharia até chegarmos à era da indústria 4.0, que refletiu toda a evolução estrutural e tecnológica que ocorreu no setor nos últimos 200 anos de história.

 

Numa fase marcada pela transição para um novo paradigma no que diz respeito ao ecossistema industrial (fortemente marcado pela transformação digital do setor), a denominada indústria 5.0 centra-se na recolha e tratamento de dados para melhorar a eficiência e otimizar o trabalho do ser humano (desde o chão de fábrica até à administração), ajudando a que se desenhem e apliquem estratégias bem sustentadas e consequentemente se tomem melhores decisões.

 

Paralelamente e no que diz respeito ao ecossistema nacional empreendedor, ouvimos falar cada vez mais em ideias de negócio disruptivas, em termos como startups unicórnio, machine learning, artificial intelligence ou blockchain, tendo sido simultaneamente lançados em Portugal centenas de programas e concursos de empreendedorismo para startups com vista a apoiar o desenvolvimento de produtos inovadores.

 

Assim e face a um futuro que se afirma cada vez mais volátil, quer para o setor industrial como para o ecossistema das startups, torna-se importante trabalhar a montante, sendo imprescindível a interação e o trabalho conjunto de todos os atores: a indústria; o lado político (Governo e Municípios); as instituições académicas (Universidades) e de empreendedores e startups capazes de identificar soluções inovadoras para necessidades existentes no mercado.

 

Sendo Guimarães um concelho intrinsecamente ligado à indústria, especialmente à da área têxtil, cutelarias e metalúrgica (verticais que pesam para que o domínio do setor secundário prevaleça até aos dias de hoje), torna-se importante o desenvolvimento de programas que estimulem a inovação na indústria, ajudando a transição para o digital de uma forma articulada, envolvendo todos os agentes atrás enumerados.

 

Inspirado no modelo de inovação da hélice quíntupla, que defende que a produção de inovação se deve apoiar em cinco elementos: as empresas, as universidades, o governo, a sociedade civil e a sustentabilidade (a ecologia e o meio ambiente), o Município de Guimarães tem vindo a trabalhar, através de projetos como o Guimarães Marca e as incubadoras de startups da Set.Up Guimarães, com o objetivo impulsionar a transição da indústria tradicional para fábricas inteligentes e ambientalmente mais sustentáveis. Através da criação de uma autêntica ‘academia industrial’, o foco assenta também no estímulo à requalificação de trabalhadores em áreas do conhecimento avançado ligadas à inteligência artificial, à cibersegurança e ao e-commerce, mas também à robótica e à biotecnologia e na promoção de uma nova economia local baseada em melhores remunerações e melhor qualidade de vida, ademais assente nos princípios da sustentabilidade social e ambiental.

 

Os trabalhos já desenvolvidos neste âmbito e no seio da indústria do concelho de Guimarães, assentaram na monitorização dos projetos industriais implementados, avaliando áreas como a indústria 5.0, robotização, internet das coisas, a sensorização e a sustentabilidade ao nível dos processos, matérias e materiais utilizados, contribuindo também para a transferência de conhecimento crítico produzido na Universidade e nos centros de investigação para as empresas sediadas na sua envolvente.

 

De acordo com o mapeamento elaborado, nasceu o Set.Up IN(dustry): um programa de aceleração para startups com produtos ou serviços inovadores de aplicação industrial, que tem permitido às startups participantes ir além da componente mais pedagógica deste tipo de programas, possibilitando a incubação física dentro das infraestruturas industriais do concelho de Guimarães e assim promover uma relação win-win: as startups ganham acesso a um espaço de trabalho, a ferramentas e a hnow-how que ajuda na validação das suas ideias de negócio e a indústria ganha acesso à colaboração com startups, podendo ver acelerado o seu processo de inovação tecnológica (e digital) e melhorada a sua eficiência em dimensões estratégicas como a organização, as pessoas, os processos, operacionalização e a tecnologia.

 

Este é o nosso desejo para o próximo ano: a colaboração de todos os atores por um Portugal mais competitivo e sobretudo, mais inovador.

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